Certo dia, com intuito de me provocar, já que me considero (e algumas pessoas têm ciência) um poeta bissexto, o meu dileto amigo - um irmão que escolhi -, Antenir de Oliveira Neves, atiçando a minha ira, sem cerimônias comentou, que a minha poesia era de uma expressão decadente...; diria mais, que estava morta, etc. , etc. Mortificado fiquei então, e, como uma Fênix, ressurgi violentamente lépido no pensar, e minha lira cantou altos brados de protestos: - aqui me encontro!... Não morri! Posso até ter fenecido, mas não morri... E posso provar! Ora, quando apresentei o meu desagravo poético ao citado amigo, este, sorriu feliz e, maroto, comentou: “- o meu objetivo foi atingido. Isto é você novamente... “
Aí está:
Desabafo
Falso Juízo à minha Lira...
Tipificam-na, sem escrúpulos, de: “Doente”,
Decadente na essência e na origem,
Fuligem de sandices que ao acaso
Medram...
Haveria justeza neste pensar?
Quem dera!...
(Pondera de pronto, minha vontade).
Deveras, ponho “Justas” àquele Julgar:
Anseio o dia, incerto talvez,
Que meus olhos poetas vejam...
E sintam...
Coisas que a muitos encantem...
E que meditem..., devagar,
Tresloucados de verdades
Com tal canto duradouro...
(Isento de bazófias e dizeres douro...)
Que, porém não alcançarão, decerto,
Aos que julgam-na decadente;
Incapazes, que são, de ouvir
O sussurrar inequívoco das Musas!...
(Assim espero. Talvez, em mais dias,
Aconteça...)
Natal-RN, 01/Mar./ 2007.
Gibson Azevedo – poeta.
Um comentário:
Querida Mari, você que é uma poesia viva, faz, involuntariamente, uma festa no meu coração, quando tomo ciência da sua visita ao meu modesto sítio virtual. Visite-me mais amiúde, faça-me este obséquio!...
Grande abraço deste seu amigo
Gibson.
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