quinta-feira, 28 de abril de 2011

Monotonia.


 Monotonia


Não sejamos rigorosos em demasia
Com o passar comum e monótono dos nossos dias,
Pois que passarão todos ao final...
Deixarão pegajosos rastros que tardaremos em percebê-los:
São saudades que teimam em não deixar-nos...
Não importa em qual momento nos tornamos escravos do que a vida nos deu de azo.
Vivamos!... Sem nenhum complicador como cúmplice.
É darmos curso ao que está Escrito.
O acaso é nosso mestre...
E a vida é, de luz, um eterno caudal
Pois, que, pereceremos todos afinal!...


Natal, 23 de fevereiro de 2011.
Gibson Azevedo – poeta.

quarta-feira, 20 de abril de 2011

Lapso do pensar


            

                          Lapso do pensar


Será viagem ou aventura,
Esta ação de andarilho,
Que deixa minhas marcas..., rastros...
Sob a ação da poeira cósmica,
Que a tudo e a todos sepulta e
Joga no esquecimento.
Divago tolo...
Será que procede, o pensamento?



Natal-RN, 18 de abril de 2011.
Gibson Azevedo – poeta.

quinta-feira, 14 de abril de 2011

Ah! Como eu detesto os políticos!...


                       Ah! Como eu detesto os políticos!...



                     Contrariando aos meus mais sinceros propósitos, vejo-me algumas vezes condenando a concepção criativa da natureza, quando percebo, comprovo a existência de seres comensais, saprófitos oportunistas que vivem unicamente a expensas dos suores e dos aperreios dos seus semelhantes. Não se motivam, com raríssimas exceções, a viverem e desenvolverem-se a passos curtos nos caminhos tortuosos do exaustivo labor diário. Não! Preferem a execução da bajulação desnudada às tristes figuras de camarilha chinfrim. Quando, por descuido do destino atingem, alçam, a patamares de destaque, também é destas mesmas pessoas que se permitem o cerco. São afeitos às falsas louvações, mesmo que estas passem, em muitas léguas, ao largo da verdade. Não tem importância.  O certo é que, nestas mentes áridas, existe o deleite que as massagens de ego faz as suas almas amputadas, mesmo que estas venham via palavras ocas, doiradas com o fulgor falso das piritas. Deste tipo de personagem a política está cheia! Na grande maioria das vezes, matam-nos de vergonha. Principalmente, se algum fato grotesco ocorrer alem das nossas fronteiras.
Os nossos irmãos portugueses, quando por aqui se arrancharam, naquela súbita transferência da Corte para o território colonial deste lado do oceano atlântico, e fixaram-se na cidade de São Sebastião do Rio de Janeiro, trouxeram o benefício da organização estatal, dando-nos infra-estrutura e consciência de um organismo político e social. Tudo bem! Trouxeram-nos também, alguns vícios administrativos que nos eram desconhecidos até então. Citemos um, para que não alonguemos a prosa: Os cartórios vitalícios e hereditários... Êita! Mutrêta bem armada e concebida nos mais escusos pensamentos monárquicos de uma Europa quase medieval!  Vender papel, caríssimo, praticamente a custo zero. Esta praga nos acompanhou até o final do século vinte.  Dentre os bons e maus costumes que nos trouxeram, destacamos o de fazer piadas, deboches – anedotas – com os portugueses mais broncos, os de trás dos montes (Trasmontano).  Adotamos o costume! Ficamos assim: nós fazemos piadas com eles, e eles, nos gozam com a mesma intensidade.
((((((((Vejam isto))))))))
Ultimamente – há poucos dias – os irmãos lusitanos fizerem-nos um chiste exemplar, terrível! Conferiram ao nosso ex-presidente, Luiz Inácio da Silva, o titulo honorífico de Doutor Honoris Causa da famosa Universidade de Coimbra. Ora, isto é que é fazer piada! Isto é uma autêntica galhofa à panturra. É de matar de rir!...  “Que ao menos, me matem no Largo do Estácio”, como dissera certa vez Luiz Melodia. Este ato obsceno, picaresco, praticado pela augusta e tradicionalíssima Universidade de Coimbra, cuja fundação se perde no tempo, é de um hilário desmedido. E para provar que contra fatos não existem argumentos, soubemos através de matéria fotográfica, que o Sr Lula da Silva foi flagrado em uma livraria em Lisboa, muito interessado, provido de picinez a Rui Barbosa, a folhear um livro do “escritor” brasileiro, Paulo Coelho; só que, o citado exemplar estava "de ponta-cabeça”(invertido).  Isto, de fato, é para risadas soltas!...

Para encerrar, mas, no trote da mesma toada, lembrei-me de um popular que enriqueceu a cena urbana da querida cidade de Natal e que também vivia à sombra de figuras poderosas. Era conhecido como Zé Areia. Muito amado pela população da provinciana Natal do início do século vinte. Era barbeiro e, neste seu mister,  prestou serviços ao futuro Presidente da República, João Café Filho, com quem mantinha  estreita amizade. Zé Areia, sempre que era provocado rebatia com uma ácida e imediata resposta.
Certa vez, estando dentro de um bonde, deslocando-se do bairro da Ribeira às alturas do centro da cidade presépio, aconteceu o inusitado:
Sentado em um dos bancos do veículo e lendo pacientemente o seu jornal, umas mocinhas, estudantes do Atheneu Norte riograndense, perceberam que as folhas do jornal estavam invertidas. Uma delas o alertou:     
Ei, senhor! Ele está de cabeça para baixo!
E mole! – Esta foi a curta resposta daquela saudosa figura.



Natal-RN, 11 de abril de 2011.
          Gibson Azevedo

sexta-feira, 8 de abril de 2011

Indignação.


                             Caros amigos, estou postando uma glosa de minha autoria, fruto da minha indignação com mais uma bazófia do “bosteiro’ Zé Simão, também conhecido como Macaco Simão, na coluna que ele mantém no jornal “A Folha” do Estado de São Paulo.  Na citada gaiatice, o bobão de carteirinha disse, que: sendo a masturbação uma boa medida para evitar o câncer de próstata, a pizza sendo um santo remédio para evitar o câncer de estômago e a cerveja ser especial panaceia, principalmente para os ossos, qual seria  a utilidade de se frequentar as academias de ginástica? Seria melhor ficar casa sentado em um sofá, comendo pizza e bebendo cervejas,  assistindo a um filme pornô...
                             Faço aqui minha pequena crítica ao autor e a sua obra – “bostice” deste destacado Papangu:

Mote:
             Os vícios do Zé Simão
             É pizza, cerveja e bronha.

Glosa:
            Foi lido em primeira mão,
            Matérias não reprocháveis,
            Pois que são recomendáveis
            Os vícios do Zé Simão.
            Diz o falso Maganão
           (Moçoila, bem sem-vergonha),
            Em uma loa enfadonha,
            Que pra cuidar da saúde,
            Só há três coisas que ajude:
            É pizza, cerveja e bronha!...


        Natal-RN 02 de abril de 2011.
          Gibson Azevedo – poeta.

segunda-feira, 4 de abril de 2011

A última raspadinha do tacho em boca livre.

                 Por último, calha-nos lembrar a figura impar de Leopoldo Azevedo, um dos proprietários do Sítio Pau ferro, sendo dos mais dignos representantes da família fundadora daquela comunidade, daquela povoação. É de conhecimento de muitos que, certa vez, Leopoldo contratou os serviços de Janduí, filho de Zé do Galo, para que ele fizesse uns concertos numa cerca de arame farpado da sua propriedade. Havia por trás do acude, naquele período do ano, várias mangueiras frutificando; e uma delas em especial, estava com uma carga enorme, fora do habitual. Janduí apontou para ela e perguntou:
                                                                        - Seu Leopoldo! Eu posso comer umas manguinhas?
                 - Pode! Mas num é pra istragar, não! - Respondeu  a contragosto o avaro rurícula.
                Aquele troglodita subiu na fruteira e começou a devorar uma grande quantidade de frutas. A um tempo, só se ouviam as pancadas surdas das cascas e dos caroços que caiam daquele pantagruélico festim. Dizem que o solo, subjacente à árvore, ficou atapetado pelas tais escórias.
                No sábado seguinte, dia de feira livre na sede do município, Leopoldo foi abordado por um conhecido e amigo que, por troça, perguntou-lhe se Janduí havia comido umas manguinhas no seu Sítio... Leopoldo com sua voz arrastada, característica dos Azevedos mais broncos, respondeu:
                 - Cumeeu!  Aquiilo é um biiicho! É parente de cavalo!...
                                                     *        *         *        *
                   À propósito..., dizem que a diferença  entre alguns Padres e os cavalos, é que, estes últimos não sabem se benzerem  antes de se alimentarem, Os primeiros, benzem a comida a si mesmos com umas mesuras ensaiadas e, comem até "abrejar".


                   Natal-RN 04 de abril de 2011.
                           Gibson Azevedo
Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...