quarta-feira, 31 de julho de 2013

O fescenino nosso de cada dia...



                      Nem sempre o que abunda, prejudica.

                
               Assim aconteceu há poucos dias, semana passada para ser mais exato, eu li no blog bardeferreirinha mais uma pitadazinha de putaria, do vate acariense Jesus de Rita de Miúdo, que tratava da “abundância” de alguns espécimes femininos. Segundo ele, já se encontra desprestigiado, junto a sua esposa, por conta destas manifestações culturais de cunho fescenino. Vejamos o Jesus falando:
            
                 "Minha esposa já anda braba feito um siri numa lata por causa dessas glosas que eu lhe envio. Já não tenho mais desculpas e o chavão ‘em nome da cultura’ nem funciona mais.
                Porém, vou arriscar meu casamento de 23 anos, pois cabra que é metido à besta como eu se lasca todinho, mas não perde oportunidade de brincar com as letras.
               Ademais, já me diz o amigo Moacir Lucena ‘nem sempre o que abunda, prejudica o homem’... Tomara!"


MOTE
            Fui atrás e adorei
            Suas nádegas, meu amor!

GLOSA
           Ajoelhei e rezei
           Vendo passar essa santa
           Minha empolgação foi tanta
           Que eu não me agüentei
           Fui atrás e adorei
           Cantando hino, louvor
           Exaltando sem pudor
           Seus atributos divinos
           Seus dotes mais femininos:
           Suas nádegas, meu amor!


Réplica - Nem sempre o que abunda, prejudica.

                
              Também dei de imediato, a minha opinião sobre o assunto, usando, para tanto, o mesmo mote e assim me expressei aos editores daquele simpaticíssimo espaço virtual:
                 "Roberto e Comendador Pituleira, façam-me mais um obséquio: o de replicar uma glosa feita pelo confrade Jesus a respeito de umas citadas nádegas. 
               Consta-nos que o amigo Moacir Lucena (pós-doutorado nestes assuntos de beleza) também emitiu a sua douta opinião, como de comum, com uma sábia "abundância" de conhecimentos. 
              A eles todos dedico esta poética atenção:"


MOTE
              Fui atrás e adorei
              Suas nádegas, meu amor!

GLOSA
              Em disparada eu trotei
              E de perto agora vejo,
              Seguindo aquele molejo,
              Fui atrás e adorei
              Resfolegando cheguei,
              Examinei com fervor,
              Bem de perto este primor
              Que são os seus predicados,
              Motivo dos meus pecados:
              Suas nádegas, meu amor!

           Natal-RN, 31 de julho, 2013
                 Gibson Azevedo - poeta

segunda-feira, 22 de julho de 2013

Ode a Navarro.


Ponte Newton Navarro.
                             
                        Faço aqui uma homenagem ao poeta Newton Navarro, homem de muitas aptidões artísticas, tendo logrado êxito no teatro, na oratória, no jornalismo, na literatura como cronista e contista, nas artes plásticas onde asseverou-se naturalmente como um grande pintor. Pois bem, este homem irrequieto nunca bajulou os poderosos de sua época, sendo nos seus últimos anos de vida um incompreendido de difícil trato. Assim são os artistas... Entretanto, Natal não o tornou “bastardo”. Na inauguração da nova ponta que liga a praia do Forte à praia da Ridinha, os intelectuais de nossa cidade junto as vozes vindas das agremiações culturais de raiz, vertidas das francas “cacimbas” da cultura popular, movimentaram-se em uníssono, e eis que, dias após, soubemos que a grande obra seria batizada com o nome do grande poeta que tanto cantou àquela praia (Ridinha) nos seus versos sinceros e espontâneos.

                           
                Ode a Navarro

Assim assim, como um novo megalítico
Ora a luzir à linha do horizonte
No batismo festivo da nova ponte
Justiça! Não honraram nenhum político,
Pois quê?  Seria um erro apocalíptico!
Esta escolha, preferência abjeta...
Longe disso, por circunstância discreta,
Laurearam com vivas de alegria
Ao Humanismo, a nossa cidadania...
“Bem melhor que escolheram um poeta!”

    Natal-RN 22 de julho de 2013.
      Gibson Azevedo - poeta

quarta-feira, 3 de julho de 2013

Achados & perdidos



                      Caríssimos, vejam aqui uma resposta deste pobre vivente ao meu amigo Jesus de Rita de Miúdo, que lançou no bardeferreirinha, no dia trinta de junho, uma solução a um problema que insiste em encucar nós brasileiros. Ou seja, onde meteu-se o dedo amputado, sob nebulosas circunstâncias, do metalúrgico - de poucas horas de trabalho - conhecido como Lula. Aí vai, Jesus, três poemas de sete pés como diria o grande poeta Patativa do Assaré.
                  Repetindo o email do dia 30:

Domingo, 30 de junho de 2013
Achados & Perdidos
Do leitor, blogueiro, poeta e caba da bixiga lixa Jesus de Rita de Miúdo, o Bar de Ferreirinha recebeu mais uma colaboração.
Na verdade, uma loa pelas Bodas de Ouro da guilhotinada que mudou a vida de um retirante que virou metalúrgico, sindicalista profissional, Presidente da República, lobista e Ricardão.
Aposto como amanhã vai ter réplica...
Jesus, logo abaixo, explica o amancebamento do dedo perdido com milhões de anus otarius:
Este ano de dois mil e treze se lamenta os 50 anos desse fato, digo, do acidente, no qual Lula perdeu o dedo no ano de 1963 num dos tornos da empresa Metalúrgica Independência, lá em São Bernardo do Campo.
E a gente nem sabia que o danado do dedo havia casado com o furico do povo brasileiro...

Bodas de Ouro
Jesus de Rita de Miúdo

O torno fez o serviço
Mas o dedo se perdeu
Ninguém sabe para aonde
O danado escafedeu
Depois de tanta procura
Eis que surge a criatura
No ano do jubileu.

Como tal fato se deu?
Ninguém sabe, ninguém viu
Só se sabe que acharam
O dedo do imbecil
Tava tapando o traseiro
- Cu do povo brasileiro - 
No fê-ó-fó do Brasil.

Ó puta que te pariu!
A notícia é um estouro
Agora daremos vivas
À tampa, ao anel de couro
Pois essa grande união
Só tem fodido a nação
Em suas Bodas de Ouro.
   
                  Vejam agora minha participação nesta peleja de dedadas:


Bodas de Ouro
(Gibson Azevedo – Poeta).


Era pra empresar o saco
Deste dito mandrião...
Conhecido preguiçoso
Que surrupiou da mão,
Por que quis, este safado,
Pra não pegar no pesado:
Um dedim faz falta não!

Se já faz cinqüenta anos
Da citada malandragem,
É que “vaso ruim” não quebra,
Mesmo com muita rodagem...
Pois mesmo faltando um dedo,
Surrupiou que fez medo:
Deu quinau em gatunagem!

E nestas bodas de ouro
Podemos nos perguntar:
Levaram pra o matadouro?
Socaram em que lugar?
Eis que aquele dedo inteiro,
No foba do brasileiro,
Ele cismou em botar!...


Natal-RN, 02 de julho de 2013.
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