domingo, 14 de junho de 2015

Mais uma do impagável Zé da Luz.

Tela do pintor Di Cavalcanti.
                     





  Esta, senhores, é um das suas mais conhecidos poesias. Não me canso em admirá-la visto tratar-se de coisas e temas simples, mas que prende o nosso imaginário sobremaneira... Ôôôôô... "cus diabos", "cumpade Zé"! Essa aí tira a gente do sério!...

                          







As flor de Puxinanã
                          (Paródia de as flor de Gerematáia, de Napoleão Menezes).


Três muié ou três irmã,
Três cachorra da molesta,
Eu vi num dia de festa,
No lugar Puxinanã.

A mais véia, a mais robusta
Era mesmo uma tentação!
Mimosa flô do sertão
Que o povo chamava Ogusta.

A segunda, a Guléimina,
Tinha uns ói que ô! maldição!
Matava qualquer cristão
Os oiá dessa menina.

Os ói dela parecia
Duas estrela tremendo,
Se apagando e se acendendo
Em noite de ventania.

A terceira, era Maroca.
Com um corpo muito malfeito.
Mas porém, tinha nos peito
Dois cuzcuz de mandioca.

Dois cuzcuz que, por capricho,
Quando ela passou por eu,
Minhas venta se acendeu
Com o cheiro vindo dos bicho.

Eu inté me atrapaiava,
Sem saber das três irmã
Que eu vi em Puxinanã,


Escolhendo a minha cruz
Pra sair desse embaraço,
Desejei morrer nos braços,
Da dona dos dois cuscuz










Poeta Zé da Luz











Natal-RN 14 de junho de 2015.
     Gibson Azevedo - poeta

terça-feira, 9 de junho de 2015

Beleza e criatividade no traço.

     

             Ontem me peguei contemplando a arte do meu grande amigo e primo, o cartunista de traços incomuns Reinaldo Azevedo. Este mimo que ele teve para comigo ocorreu, por conta de uma saudação que fiz ao poeta Carnaubense Francisco Rafael Dantas, conhecido carinhosamente por França, na noite de autógrafo do lançamento do seu livro de poesia "Carnaúba dos Dantas em quatro atos" , nos idos de 2006, nos salões da Pinacoteca do Estado do Rio Grande do Norte. A charge ficou magnífica. Vejam:

E um pouco da verve poética no formato de sextilhas,  do, hoje saudoso, poeta França:

" Nasci na Volta do Rio,
  Longe de luxo e nobreza...
  Mas alegre por viver,
  Num cenário de beleza,
  Assistindo aos espetáculos
  Que fazia a natureza..."
                  (Francisco Rafael  Dantas)

Natal 09 de junho de 2015.
Gibson Azevedo.
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