quarta-feira, 2 de junho de 2010

Homem buchudo e pequeno...


(Mais uma fescenina)

Certa feita, em um dos recantos boêmio da nossa amada Urbe, encontrei-me com dois diletos amigos que há dias sentia as suas faltas (ausências). Lembro-me da alegria daquele encontro... O Carmelo Meira, muito falante e adepto de uma troça, brincava com desenvoltura com os amigos e confrades, companheiros. Sapecava, sempre que achava oportuno, uma piada ou um chiste grosseiro, mesmo com a melhor das intensões. Nunca por maldade. Somente com o intuito de movimentar àquele encontro de velhos conhecidos. Tudo pelo prazer da amizade. Pura afeição!
Eis que chega o Eromar Sátiro, adentrando ao recinto com o seu jeitão de Monsenhor (clérigo babão e piniqueiro de Bispo), com um sincero sorriso ao saudar os amigos.
Ali mesmo, naquele instante, Carmelo oferece-nos uma frase lapidar da sua verve provocativa: “Homem buchudo e pequeno, só serve pra tamborete!” Referia-se aos aspectos – dotes físicos - daquele nosso querido companheiro. Foi uma galhofa só! Ocasião na qual, eu, desavergonhadamente confesso, tomei posse da pseudo assertiva, usando-a como mote e carinhosamente glosei:



Mote:
Homem buchudo e pequeno
Só serve pra tamborete!

Glosa:
Sendo Eromar ou "Heleno",
De perna torta, em cambito,
Dão razão ao velho dito:
"Homem buchudo e pequeno..."
Se parece, que só vendo,
C'um mau-cagado tolete...
Alem de entregar bilhete,
Cheirar bufa em cabaré,
De puta, é garachué,
“Só serve pra tamborete!”


Natal-RN, 19/Jul./2004. Gibson Azevedo - Poeta

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