quinta-feira, 2 de julho de 2009

Debut no sarau poético

Senhores..., senhoras meus saudares...
Sou Gibson Azevedo da Costa, Cirurgião dentista radicado nesta belíssima cidade há precisamente quarenta anos. Tenho por Natal uma paixão especial, só encontrada nos raros casos de pura mancebia, por vezes, de trágicos desdobramentos. Mas na poesia tragédia é o que não falta; e é bom que assim continue, pois como disse certa vez o poeta Chileno Pablo Neruda: fazer poesia, nada mais é do que enxergar as verdades onde elas existam, geralmente indignando-se com o status quo, e, externando-as com metáforas sucintas e precisas. Na realidade, o poeta não tem necessidade de ser simpático, de ser bom; ele tem, tão somente, a obrigação imutável de ser verdadeiro. Aí teremos uma poesia! Aí teremos um poeta.
Recebi do colega e amigo Rubens Barros de Azevedo, há algum tempo, o convite de participar deste simpático sarau; o que faço agora com muito gosto. Dizeres populares já não alardeiam, que: antes tarde de que nunca? Pois bem, “eis me aqui...., se vos sirvo aqui estou” , como já dizia, alhures, um certo poeta Russo.
Já que aqui estou, aproveito a oportunidade para demonstrar que a poesia pode apresentar-se de várias maneiras; e não será por isto: uma maior ou menor poesia. Exemplifico com dois poemas meus, que os fiz muito a propósito na forma de versos livre e também na forma metrificada e rimada. Vejam que dizem a mesma coisa, só que, com os arranjos diferentes; sem, contudo, perderem a emoção. Chamam-se: Ação do tempo...

Para o meu desgosto
O tempo passou...
Deixou marcas no meu rosto,
Mas não foram as mais profundas.
Conservou feridas abertas
Que pouco percebe-se no entanto;
- São as que verdadeiramente doem.
Surpreendo-me pensando...
E o tempo, mais e mais, passando...
O que restou?... Nada..., quase nada...,
Marcas no rosto,
Para meu desgosto!

Natal-RN 17/11/ 2006
Gibson Azevedo - poeta


Vejo o ocaso chegando,
No Tempo, penso e medito:
Este déspota maldito,
Que mais e mais vai passando...
Intimamente marcando,
Deixando, a contragosto,
Perplexidade e desgosto,
Numa existência fanada...
Restando, bem pouco ou nada:
Tristeza e marcas no rosto!


Natal-RN, 06/12/2006
Gibson azevedo-poeta

3 comentários:

Poeta do Penedo disse...

Um grito de revolta contra o tempo que passa.

Belo poema, meu amigo.
Viajo no mesmo combóio.
Felicito-o pela sua poesia.

Briosas saudações

Gibson Azevedo disse...

Agradeço as suas sinceras felicitações "Poeta do Penedo"; e caso seja do seu interesse manter algum tipo de diálolo via email, aí vai o meu: gibsonazevedo@gmail.com

Abraços cordiais de Gibson.

Poeta do Penedo disse...

fá-lo-ei com todo o prazer. Dedico muitas das minhas horas à escrita, não tanto na área da poesia, embora de quando em vez escreva algo que tenta parecer poesia.
O meu blog é generalista. No seu estou certo que irei beber um pouco da cultura brasileira. No meu, se a curiosidade o espicaçar, poderá observar se transpareço ou não um pouco da alma lusa.
olhar-aeminium.blogspot.com

o meu email:
fareleira.gomes@gmail.com

Briosas saudações

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