
Visão pessimista sobre a lei da ficha limpa para os políticos postulantes aos cargos públicos, na atual campanha eleitoral. Esta seria uma condição sine qua non para qualquer indivíduo que se credenciasse a representar o povo, interferindo, ao seu arbítrio, nos sagrados destino da coisa pública. Não é pedir muito. É sensato, este mínimo depósito obrigatório de confiança - atestado - a que se submeteriam todos os políticos postulantes a cargos públicos – também os profissionais -, que pululam no cenário político do nosso País. Apesar de achar a medida acertada, não faço fé que ela consiga banir completamente esta choldra que, por séculos, com vilipêndio, se locupletaram com as benesses do Poder, cometendo toda sorte de escândalos. Sinceramente, não acredito! Eis a prova da minha cisma, da minha inquietação: (comentem)
Como limpar um Farsante
Alguns políticos farsantes,
Com a ficha suja, escondida,
Falastrões sob medida,
São nossos representantes...
Empertigados, falantes,
Desde as primeiras Campanhas,
São mestres em artimanhas
E nas coisas mal havidas
- Poderosos falsos-Midas -
Tutelados da Justiça...
Podem crê, que essa mundiça,
Com lixa, Brasso e Kaol,
Vão limpar o urinol
No qual fizeram a sujeira,
Dar no povo outra Brejeira,
Que agachado acha pouco...
E, faz os “ouvidos moucos”
A toda esta bandalheira!
Gibson Azevedo – poeta.
Natal-RN, 22/jul./2010.