quinta-feira, 5 de março de 2009

Apreciando poesias...


Recebi um simpático email do Psicólogo Uruguaio Gustavo Gopar, estabelecido em Montevidéu, que prazerosamente li, mesmo tratando-se de um contato puramente cibernético. Ele, por acaso, acessou o meu Blog http://www.pousodaverdade.blogspot.com/ , leu algumas matérias e, para minha satisfação, fez um comentário sobre o poema “Temporada”. Fato que agradeci prontamente; independente do comentário ser elogioso ou não. Em outro contato, agora já via email, Gustavo demonstrou interesse – psicólogo que é – no meu processo, método de criação, principalmente com relação à poesia. Declinei como resposta as seguintes palavras:
Lamento lhe informar que, no que tange ao processo criativo, no meu entender – no meu caso -, é uma coisa simples e inexplicável. Acontece nos momentos mais estranhos e inesperados. (Referindo-me a concepção do poema “Ilusórias”, que deu-se numa inexpressiva ocasião na qual levara o meu carro a um lava jato, e a demora na execução do serviço, fez-me observar melhor a cena urbana daquele local, e, sem uma explicação palpável, aflorou-me algumas reminiscências... e com elas o poema.)
Em outra ocasião, com muita simplicidade - sincero sobremaneira -, Gustavo emitiu sua opinião, sobretudo profissional sobre o meu enunciado e, entre tantas considerações, grafou:
“Cada vez que sienta um – clik – a traves de algún estímulo del mundo exterior, déjese llevar, fluir por las palabras, ( Ya que usted escribe por supuesto) bien libremente, sin censurar ninguna palabra, deje que el inconsciente hable, escriba por sí mismo y entonces todo deviene magia y sorpresa y su poema será hermoso original y único.”
Cuidados que refería-se também ao meu poema “Ilusórias”, motivo pelo qual, reiterando os meus profusos agradecimentos pelo seu comentário, publico-o na íntegra no meu Blog:

Ilusórias

As ruas da minha infância
Não tinham árvores podadas...
Um arvoredo nativo,
De boa altura e imensas copas.
Tinham a sua utilidade:
No lazer da criançada;
Refrigério de pouso rápido
No intervalo das longas caminhadas...,
Aliviando rigores inclementes
Duma canícula abrasadora;
Abrigo aos namoros diurnos,
Num debulhar de feijões.
Enchiam de verde meus olhos...
Na poeira dos verões...
No lamaçal dos invernos:
Meu Parque de Diversões!
Nas brincadeiras inocentes,
Daqueles “Tiquinhos de gente”.
Relembro com emoção...,
A minha infância na rua.
Não vejo, todavia..., onde... Quando?... Que rua?

Natal-RN, 19/Dez./2006.
Gibson Azevedo da Costa – poeta

PS. – Gustavo me confidenciou, gentilmente, que o idioma português é muito doce; e destacou as palavras saudade e lembrança para exemplificar.
Caro amigo, talvez essas sejam as mais lindas pérolas da “Última flor do Lácio”!

2 comentários:

Por um Mundo Melhor disse...

Excelente seu trabalho poético, meu
caro Gibson. "Apreciando poesias..." é algo fascinante e vc
está de parabéns!
Não é à toa que o psicólogo Uruguaio Gustavo Gopar teceu
elogiosos comentários ao poema de
sua lavra "Temporada".
Grande abraço e sucesso permante!!

Joamir Medeiros
Cônsul del Movimiento Poetas del
Mundo no Rio Grande do Norte.

Gibson Azevedo disse...

Caro primo Joamir, fiquei envaidecido com os seus elogios, pois sei que são sinceros, muito embora não os mereça. Assim mesmo, espero que a sua pena crítica de poeta trovador consagrado continue, com isenção, a comentar os meus despretensiosos escritos. Creia-me,amigo, me dará muito prazer.
Um forte abraço deste seridoense
Gibson Azevedo.

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