segunda-feira, 16 de agosto de 2010

De um encontro de amigos


Chegando à Cafua do meu estimado amigo Marivaldo Ernesto dos Santos - cabra-bom oriundo da Serra do Cuité, no Estado da Paraíba - local onde sempre se reuniam uma penca de amigos, fui instado por alguns, a versejar algumas glosas tomando como base motes conhecidos e de difícil arrumação poética. Fazendo papel do bobo, aceitei a delicada tarefa de trilhar os mesmos caminhos que o grande Pinto do Monteiro palmilhou. Acho que não me saí, de todo, mau. Eis uma delas:

Mote:
Não tendo uma roupa nova,
Passei o ferro na velha.

Glosa:
Não respeito nem Corcova
Quando vou ao Cabaré...
Visto um Palitó ralé,
Não tendo uma roupa nova.
Eu fico em casa, uma ova!...
Vou saindo de esguelha...
Meu juízo destrabelha,
Faço aquele estardalhaço:
Na vez que faltou Cabaço
Passei o ferro na Velha!

Natal-RN, 23/10/2007.
Gibson Azevedo - Poeta.

2 comentários:

Poeta do Penedo disse...

Meu caro Gibson
Mais gargalhadas!!
Pois com certeza. Já basta muitos se verem privados de dinheiro, para também se privarem da diversão. A questão prática da vida é assim mesmo. Quem se achar incomodado, que não olhe. Eu teria feito o mesmo. Aliás, acho que faço isso muitas vezes, porque não sou muito dado a modas. Preservo a minha roupa muito tempo e faço questão de a vestir, mesmo velhinha.
Um grande abraço deste pequeno Portugal.

Gibson Azevedo disse...

Valeu, grande amigo, Vate dileto do Penedo! Fico feliz que você tambem possa apreciar as coisas simples, mesmo que contenha uma pitada picante numa pequena dose de picardia.
Grande abraço do Brasil.

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