sexta-feira, 10 de setembro de 2010

Olvidáveis









Olvidáveis







Com surpresa me dou conta:

Contigo não sonho mais...

Ademais, não só dormindo.

Nunca mais aos pensamentos

De tua imagem, seu existir.

Tão companheira, sem nunca ter sido...

Em verdade, nunca soubeste

Dos desejos de minh’alma,

Despertados pelos descasos

Do seu langor inocente,

Diligente... De pouco viço.

Não havia de prosperar!...

Restou-me aquela imagem morena de lua,

Tenra e nua na desvairada ilusão;

Com quem, pasmo, já não sonho.

Se sonho, acordo...

Já não lembro!...



Natal-RN, 09 de setembro de 2010.
Gibson Azevedo - Poeta

4 comentários:

Mari Amorim disse...

Amigo Gibson,
é belo ler uma alma desnuda,rompendo com a ilusão,mas a pergunta fica,seria bom?
obrigada,pelo carinho de sua tão importante visita.Um abraço a esse Estado lindo!
Boas energias sempre,
Mari

Poeta do Penedo disse...

Caro Gibson
simplesmente...belíssimo. Nas palavras, a crua desilusão de quem, finalmente, acordou. A fria presença de espírito para deitar fora um amor que se amou.
De um fingido poeta para um poeta verdadeiro, este enorme abraço.
Com muita amizade. Bom fim de semana.

Gibson Azevedo disse...

Poeta Mari, gostei muito do seu "soneto sem rima". Uma maravilha! E, a miúde, faça-se "de casa" neste meu pequeno espaço.
Abraços sempre.

Gibson Azevedo disse...

Caríssimo Poeta "fingido" do Penedo, espero que as filhas de Zeus continuem, repito, nos visitando mesmo que em bissextas oportunidades.
Forte abraço.

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