sexta-feira, 26 de novembro de 2010

Comentando a pedofilia

Aqui, caros leitores, para descontrair de assuntos tão sérios e tristes do passado, publico, numa linha de cunho fescenino, uma glosa de minha lavra que lamentavelmente satiriza a Igreja; mais por culpa da conduta de alguns padres - as mais condenáveis que se possa imaginar -, do que dos seus dogmas propriamente dito.Vejam através da fotografia da capa do célebre livro de um dos maiores, senão o maior, escritores da língua portuguesa, que a "Santa Madre" já sofria, à época, severas críticas de alguns renomados intelectuais. Atualmente, parece não existir nada de novo... É isto!


Mote:

De Bento ou de Benedito

Virou Bordel, a Igreja.

Glosa:

“Mais vale o que está escrito”,

Diz o antigo preceito,

Pra escorraçar o malfeito

De Bento ou de Benedito.

“Fica o dito por não dito”,

Naquela feia peleja...

Depois que estampou na “Veja”,

Como se fosse um castigo:

Padre, virou Papa-figo

- Virou bordel, a Igreja!


Natal-RN, 19/04/2010.

Gibson Azevedo - poeta

2 comentários:

Poeta do Penedo disse...

Caro Gibson
O Crime do Padre Amaro é a constatação de que os padres, tanto no séc. XIX, como actualmente, são meros homens, feitos de carne e osso, muitos deles incapazes de de submeterem ao dogma da igreja. Casos amorosos no seio dos padres sempre houve e há-de continuar a haver. Pessoalmente, nada tenho a objectar nem a condenar.
Agora... pedofilia é monstruosidade. Para isso existe apenas um remédio: um cutelo e um cepo de madeira.
Um bom fim de semana, meu caríssimo amigo.

Gibson Azevedo disse...

Meu caro Fareleira Gomes, concordo com você quanto a falibilidade humana; e os padres realmente não poderiam portar-se diferente dos demais da sua espécie. Eu só ilustrei a conduta abominável da pedofilia com o impagável romance do Eça de Queirós, porque o Padre Amaro seduziu uma jovem inocente e pobre da comunidade de Leiria, e quando deparou-se com uma gravidez indesejada, não assumiu a responsabilidade pelo seu erro e muito menos a Santa Madre Igreja, já que o fato era de conhecimento de algumas autoridades eclesiásticas daquela freguesia. Sabemos, com folga, que Eça não criou este drama do nada... Muita coisa ele presenciou na vida do Portugal antigo ou ouviu certos comentários que deram vida a este controverso drama.
No tocante a pedofilia, só agora veio à luz tamanha barbárie. Não vejo, todavia, maiores penalizações por parte da Igreja e ou mesmo da Justiça, no sentido de punir os culpados destas já conhecidas monstruosidades.
A humanidade aguarda melhores dias...

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