quarta-feira, 25 de maio de 2011

Olfato de fera - soneto.


                                 Olfato de fera – soneto.
         
               Aqui vai, caríssimos leitores, uma poesia de minha lavra que me ocorreu logo após uma amiga, de encontros fortuitos, ter-se indignado com outra peça minha, na qual, eu enaltecia o amor carnal como uma forma pura de relacionamento humano e, consequentemente, de preservação da nossa espécie. Visto ter causado tantos protestos, incontáveis queixumes, julguei necessário reafirmar o predito; só que, desta vez utilizei uma das formas mais antigas de poesia: o soneto.


        

                       Olfato de Fera – Soneto


   Ledo engano... Se cuidei ser de bom fado,
   Num amasso de poesia, demonstrar...,
   De relance, um vate louco declamar...
   Em delírios, um amor simplificado.

      Tal revolta, não havia imaginado
      Nem que arenga se pudesse suscitar...  
Se algum outro argumento condenar,
Ignoro, de outro jeito, ser amado.

Pois que a força infalível e carnal,
Deixou rastros: digital que é só sua
- Passos vagos de mulher -, a deusa nua:

Um dengo de fera, mulher canibal...
Que aos machos sensitivos, se insinua,
                                             Num lupino caminhar..., à luz da lua!




                                                      Natal-RN, 19/ Nov./ 2007
                                                         Gibson Azevedo - poeta

2 comentários:

Mari Amorim disse...

Uau!
Só um poeta,com sua grandeza,
poderia num soneto
descrever o amor
com tanta beleza!

Deixo-lhe um abraço, cheio de boas energias!
Mari

Gibson Azevedo disse...

Grato! Grato! Grato! Retribuo-te o forte abraço, caríssima Marizinha.
Que Deus a conserve sempre feliz.
Seu amigo
Gibson Azevedo

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