quinta-feira, 6 de dezembro de 2012

Foi-se o grande Oscar.





Foi-se o grande Oscar.


                   Lembrei-me de ter visto um destaque no facebook, feito pelo meu amigo e colega José Tarcísio de Medeiros (Zezito), sobre o lançamento de um livro de fotografias sobre o Brasil, feito por vários fotógrafos de destaque nacional e alguns mundialmente famosos. Trata-se do livro “Um olhar sobre o Brasil - a fotografia na construção da imagem da Nação de 1833 a 2003". São 170 anos de fotografias no Brasil desde D. Pedro II, no período imperial.  Lançamento da “Editora Objetiva”, assinado por Boris Kossoy e Lídia Moritz Schwarcz, como contribuição e direção respectivamente. Neste exemplar, temos trabalhos fotográficos de Ademar Gogim, José Bessit, Milton Guran e outras 24 pessoas. Imperdível! Confiram.
                      Entretanto, o que mais me chamou a atenção, no citado livro, foi a foto da Capa, na qual vemos os “candangos” – brasileiros simples, de todas as regiões do Brasil, que se deslocaram ao planalto central para, com sua fé e força de trabalho, construírem Brasília – no dia da inauguração daquela obra magnífica, subindo e descendo a rampa do Congresso Nacional, na praça dos três Poderes, mostrando o seu orgulho estampado nas suas toscas figuras de homens simples. Para lá se deslocaram, nos fins dos anos cinquenta, homens e mulheres de todos os recantos e, sob a batuta de um grande Estadista (Juscelino Kubitschek), não tiveram dúvidas em ousar..., pois tornaram possível, com a ajuda inestimável desta monumental força de trabalho, que os sonhos de Oscar Niemeyer e do urbanista Lúcio Costa saíssem da gaveta e se tornassem realidade. Pela primeira vez, naquele longínquo mil novecentos e sessenta, o mundo parou para admirar este povo moreno que habitava um desconhecido país banhado pelo Atlântico Sul. Por coincidência, hoje prestamos as justas homenagens fúnebres ao grande arquiteto do século passado, que deu ao concreto a leveza que se julgava impossível até o momento que apareceram as suas primeiras obras.
Niemeyer ainda jovem na fase de construção de Brasília
                                     Ele pontilhou a nova Capital com monumentos em forma de palácios, que emudeceram  as correntes da arquitetura convencional que teimava em usar  formas dos cansados e pesados caixotes, que pouco ou nada alegrava a observação dos homens daqueles tempos. Com Brasília tivemos realmente a ideia do que significava ser moderno. Algumas mentes privilegiada de então comentaram, que a primeira impressão que teria quem adentrasse à Brasília pela primeira vez, seria a de estar entrando em contato com um novo planeta, em outra parte do universo.
                         Que descanse em paz, oh grande Oscar! Que nestas suas exéquias, que ora acontecem, se entoe os mais justos e sentidos réquiens.

       
             Natal-RN, 06 de dezembro de 2012.
                    Gibson Azevedo – poeta.

Um comentário:

Poeta do Penedo disse...

Meu caro Gibson
é de toda a justiça que os grandes vultos sejam recordados, pelo legado que deixaram ao seu país. Um legado que ajudou a crescer todo um povo. Sensibilizou-me imenso que o Gibson tenha tido a vontade e a necessidade, de neste seu espaço, homenagear uma figura pública do seu imenso Brasil. Acompanho-o nessa homenagem.
Um grande abraço meu amigo.

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